O primeiro GAME trata da formação do pedagogo para a diversidade, propondo:
- Realizar eventos, pelos diretórios acadêmicos e/ou coordenações dos cursos e estudantes, transdisciplinares (com as licenciaturas e não apenas o curso de Pedagogia) para que o estudante tenha visão múltipla e respeite a diversidade;
- Realizar mini cursos, com o auxílio dos professores, para os docentes que ainda não possuem formação superior para atuar no magistério;
- Projetos de extensão para a comunidade na área da educação especial;
- Criar projeto cultural, abrindo as portas da universidade para que a comunidade possa conhecê-la;
- Modificar o currículo do curso de Pedagogia, acrescentando disciplinas optativas que versem sobre a diversidade, seja cultural, religiosa, étnica, sexual.
O segundo GAME trata do currículo da educação básica: a polissemia nos documentos oficiais, propondo:
- Promover na graduação estudos mais aprofundados sobre o currículo, por meio de seminários, estudos dirigidos e cursos de formação. Reforçar o tema nos encontros estaduais;
- No ENNOEPE mobilização e discussões para a reformulação do currículo da educação básica e o fortalecimento da parte diversificada. Os diretórios acadêmicos (DA’s) e centros acadêmicos (CA’s) podem também, nas suas próprias Instituições de Educação Superior (IES), debater a temática;
- Através de parceria entre universidade e poder público estadual e/ou municipal, cursos de formação para os professores da educação básica sobre o currículo com base nos documentos oficiais (PCN’S e RCNEI). A extensão universitária pode ser a base para a viabilização dessa proposta;
- Lutar nos encontros estaduais e também no nacional pela criação do Conselho Nacional de Pedagogia (CONAP).
O terceiro GAME versa sobre as políticas públicas de inclusão de pessoas com necessidades nas escolas regulares, que propõe:
- Conscientizar os estudantes de Pedagogia para construção do projeto que permitam a vivência com deficiência no ensino regular;
- Realizar palestras para conscientizar a família e a comunidade acerca das potencialidades da pessoa com deficiência;
- Solicitar aos professores que todas as Ementas das disciplinas metodológicas dos cursos de Pedagogia reservem um espaço para a formação da prática pedagógica com os alunos com necessidades especiais.
O quarto GAME contempla a identidade do estudante de pedagogia, propondo:
- Levar para o encontro nacional dos estudantes de pedagogia ENEPe a proposta de fazer um dia de paralisação em todas as universidade federais, estaduais, privadas, para a criação de um currículo unificado para o curso de pedagogia, respeitando as particularidades de cada região, contempladas nas disciplinas optativas;
- Que os centros acadêmicos planejem eventos que contemplem o estudo de documentos oficiais do curso de pedagogia como as Diretrizes Curriculares do Curso de Pedagogia e propostas curriculares das instituições;
- Criar um órgão representativo nacional dos pedagogos, sindicatos, conselhos regionais para fortalecer a luta pela criação de uma habilitação unificada para o curso de pedagogia que contemple a gestão, a docência em educação infantil e habilitação para a atuação em espaços não formais;
- Construir uma monsão ao assassinato de Gison Gonçalves e Élcio Machado, coordenadores da Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia;
- Que os DA’s e CA’s organizem debates sobre o jubilamento de estudantes que veem sendo imposto pelas reitorias das universidades de todo país.
Os participantes do 8º ENNOEPE elencam tais pontos e esperam que estes sejam concretizados, por tanto, é aprovado e assinado por todos.
MONSÃO
Nós, estudantes de Pedagogia, viemos manifestar o repúdio dos recentes assassinatos dos camponeses Gilson Gonçalves e Élcio Machado, coordenadores da Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia.
Os companheiros foram encontrados mortos no dia 8 de dezembro de 2009, depois de terem sidos sequestrados no município de Buritis alguns dias antes. E ambos os corpos apresentaram marcas de tortura.
Tais crimes devem ser computados na longa lista de lutadores do povo vitimados pela ação genocida do latifúndio, intacto há cinco séculos no nosso país, ação que é acobertada e muitas vezes protagonizada pelo velho estado brasileiro. Exigimos a punição do latifundiário Dilson Cadalto, mandante dos assassinatos, como também do seu bando de pistoleiros que executaram este bárbaro crime.
Denunciamos ainda a ação conivente dos órgãos estatais como o INCRA e a Ouvidoria Agrária Nacional, esta na pessoa do ouvidor Gercino da Silva Filho, bem como de todo o monopólio de imprensa que insistem em criminalizar a luta pela terra e silenciam diante dos sucessivos assassinatos de trabalhadores ocorridos na região a mando dos latifundiários.
Imperatriz/ MA, 06 de fevereiro de 2010.
